domingo, 20 de maio de 2012

Concurso do Cartaz está com inscrições abertas

Revelação de novos talentos, consagração de profissionais, o Prêmio Design MCB é a mais renomada e prestigiada premiação de design do país. É uma realização anual independente, promovida pela Secretaria de Estado da Cultura, por meio do Museu da Casa Brasileira. Existente há 26 anos, traz embutida a própria história do design no Brasil. É referência no desenvolvimento do segmento e selo de qualidade.
Como funciona
cartaz
No início do ano é realizado o Concurso do Cartaz, que desafia participantes de todo o Brasil, profissionais ou não, a criar a principal peça de divulgação do Prêmio. O cartaz eleito pelo júri percorre o país e inspira toda a identidade visual da edição. Seu autor vencedor recebe prêmio pela criação e é contratado para a elaboração posterior de outras peças que fazem parte da comunicação visual do Prêmio.
produto
No segundo semestre são abertas as inscrições para a premiação, que recebe criações (protótipos ou em produção) em categorias que abrangem o design de produto (Mobiliário; Utensílios; Iluminação; Têxteis; Equipamentos Eletroeletrônicos; Equipamentos de Construção; Equipamentos de Transporte) e a produção teórica ligada a design gráfico, design de produto, arquitetura, urbanismo e paisagismo. Os trabalhos são analisados por uma comissão julgadora que é modificada a cada ano, garantindo assim a isenção e diversidade de pontos de vista, composta por renomados profissionais da área. As peças aprovadas farão parte da exposição Prêmio Design MCB, que ficará em cartaz no Museu da Casa Brasileira. Os vencedores serão homenageados na noite da cerimônia de premiação/abertura de exposição e poderão receber premiação em dinheiro.
Cartaz
2 A 22/5 - inscrições
ATÉ 24/5 - pgto boletos
ATÉ 31/5 - finalizar inscrição e entregar no MCB o cartaz impresso
13/6 - divulgação do resultado no site do MCB
Produto
1/8 A 22/8 - inscrições
ATÉ 23/8 - pgto boletos
ATÉ 28/8 - finalizar inscrições

Mais informações no site do MCB (http://www.mcb.org.br).

Palestra Análise Visual

O Museu da Casa Brasileira realizará uma palestra com o designer gráfico e tipógrafo Claudio Rocha, coordenador da comissão julgadora do Concurso do Cartaz desta edição. A aula aberta “Análise visual” propõe um roteiro essencial para a criação e análise de peças gráficas, por meio da avaliação de seus elementos.
Data do Evento: 23/05/2012
Horário: 19h30
Preços: Gratuito
Telefone: (11) 3032-3727/ 3032-2564
Endereço: Av. Brigadeiro Faria Lima, 2705 - Jardim Paulistano - São Paulo-SP
Site: http:// www.mcb.org.br
Acessibilidade: Sim
Estacionamento: Pago
Município(s): São Paulo

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Qual a diferença entre Marketing e Propaganda?


Uma das maiores confusões que ocorre com empreendedores iniciantes é achar que marketing é a mesma coisa que propaganda. Na verdade, apesar de estarem relacionadas, são áreas de conhecimento separadas.
Como definido no post “O que é marketing?“, o marketing é a arte de planejar o antes, o durante e o depois do processo de vendas. A propaganda é uma forma de estimular o cliente a fazer a compra.
Diferença entre marketing e propaganda
Muita gente tem essa dúvida
O marketing é uma parte da estratégiaA análise de marketing começa muito antes de pensarmos em como fazer uma propaganda persuasiva. O marketing define quem é a empresa, quem é seu cliente, quais os diferenciais dos produtos/serviços, etc.
Como parte de qualquer boa estratégia, o marketing exige a definição de objetivos, priorização de ações e definição de indicadores de sucesso.
Para se aprofundar no tema, recomendo: As características de um bom plano de marketing.
A propaganda é uma parte do marketingDepois que você entendeu profundamente quais são as demandas do seu cliente e como você irá satisfazê-las, existe uma questão um pouco complicada: seu cliente ainda não sabe que você existe.
Para fazer boas vendas, a percepção da sua empresa na cabeça do cliente precisa passar de “Quem é você?” pra “Gostei muito da compra que fiz e estou te recomendando para meus amigos!”. É aí que entra a propaganda.
Experimente até achar os melhores canais de divulgaçãoExistem 2 coisas sensacionais sobre a propaganda:
  1. Você nunca terá certeza absoluta se ela irá alcançar os objetivos do plano de marketing
  2. O que funciona para uma empresa não necessariamente funcionará para outras
Com essas 2 premissas em mente, você precisa ter consciência de que para ser líder do seu mercado é preciso interagir o máximo possível com as pessoas (clientes, fornecedores, parceiros, formadores de opinião do setor, etc.) e testar diferentes formas de propaganda.
Conforme você ganha experiência sobre o que funciona e o que não funciona, a probabilidade de acertos aumenta muito. Seja um verdadeiro cientista: elabore hipóteses (plano de marketing), faça testes dos diferentes meios de se comunicar com o cliente (propaganda) e revise sua estratégia a partir dos resultados obtidos.
E a publicidade?Algumas pessoas defendem que a propaganda se refere a propagação de ideias, enquanto a publicidade tem um cunho estritamente comercial.
No Brasil, o CENP (Conselho Executivo de Normas Padrão) considera publicidade e propaganda como sinônimos. Eu também.
ConclusãoNa prática, não importa muito o nome que você usa e sim se você tem uma boa estratégia e sabe quais os melhores meios para chegar até o seu cliente.
Abraços,
Millor Machado (fazendo o marketing e a propaganda do Empreendemia)

terça-feira, 15 de maio de 2012

Propaganda americana, cenário...


Sucesso é sucesso!

Fonte: Revista Exame

Assolino

A Assolan não era lá muito conhecida até 2002, quando resolveu disputar agressivamente por uma fatia maior de mercado. O alvo foi a Bom Bril, líder absoluta na categoria de esponjas de aço. Foi nesse contexto que o mascote da marca foi criado: uma embalagem animada do produto, com olhos, pernas e muito rebolado. Nascia o Assolino.

Criado pela agência Africa, de Nizan Guanaes, o personagem virou "fenômeno" dançando músicas de artistas conhecidos no Brasil, como CalypsoLatino e Rouge. Devido ao enorme crescimento nas vendas alcançado com a estratégia, o slogan  - antes somente "Assolan - o fenômeno" - foi modificado para: “Assolan: o fenômeno que não pára de crescer”. 

segunda-feira, 14 de maio de 2012

#NewMediaArt - novas mídias garantem experiências inesquecíveis


O SonarPro, espaço dedicado às novas tecnologias e mídias na edição paulistana do Sónar (Festival Internacional de Música Avançada e New Media Art), recebeu, entre seus convidados, Vincent Leclerc (co-fundador da empresa americana ESKI) para um bate-papo descontraído sobre o uso de efeitos visuais em eventos. 

Vincent explicou como sua empresa lida com as novas formas de mídia para diferentes tipos de eventos. Num de seus últimos trabalhos, recebeu uma encomenda especial do diretor Chris Milk para um show da banda Arcade Fire no Festival Coachella 2011: uma estrutura foi montada para que uma grande surpresa garantisse uma experiência inesquecível aos fãs da banda.


No refrão, da última música do show, aconteceu o inesperado... Aperte o play!

 

Pixels foram instalados dentro das bolas para que elas pudessem variar as cores conforme a música que estava tocando, isso também aconteceria para quem levasse a white ball pra casa, graças a um gravador. 


E não parou por aí, além de ter feito uma demonstração do funcionamento desses pixels com a plateia, Vincent ainda mostrou outra peripécia colorida da ESKI no evento de lançamento do Microsoft Kinect com o Cirque Du Soleil, veja:

  

Demais, né? 


Então, inspire-se: Conheça outros trabalhos deles, acessando:


http://pixmob.info 
http://eskistudio.com/


E aí, você acha que as empresas devem continuar investindo em novas mídias e criando esse tipo de experiência para o público?

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Escadas do design


O gestor do design é o profissional capacitado a oferecer maior competitividade à empresa dentro do seu mercado de atuação. Com uma concorrência muito mais intensa, a abertura do mercado, a velocidade da informação entre outros pontos da situação atual do mercado de informática entre outros, uma competição saudável precisa de estratégias diferenciadas. Novidades como estudos freqüentes de embalagens, promoções que diferenciam um produto da concorrência, valores agregados e uma imagem de qualidade no mercado passaram a ser uma exigência do consumidor. Ouvir e atender seu público é fator para que a empresa mantenha um posicionamento competitivo no mercado.
A gestão do design acompanha este movimento, e ainda propõe melhoria nos processos produtivos, gerando lucratividade.
O Sebrae vem se movimentando e posicionando a gestão do design como uma das áreas prioritárias para micro e pequena empresas, indicando o design como ferramenta de competitividade no mercado nacional.
O relacionamento do design com o empresariado brasileiro se apresenta de maneira inconsistente, embora seu uso estratégico seja comprovadamente eficaz, se bem aplicado, em pesquisa recente realizada pelo Centro de Design Paraná aponta um conceito de "escada do design", onde divide em níveis os posicionamentos das empresas, da seguinte forma:
1. Nenhum uso do Design. Nas empresas que se encontram neste degrau, outras disciplinas acumulam a função de introduzir funcionalidade ou estética ao desenvolvimento dos produtos ou serviços. A relação tem diversos
2. Design como estilo. Nessas empresas o design é introduzido em um estágio já avançado do projeto, como num acabamento ou detalhe gráfico.
3. Design como processo. Neste degrau o design é visto como método de trabalho. É integrado nos estágios iniciais do processo, combinando-se com a engenharia de produção, o marketing e outros setores da empresa.
4. Design como estratégia. No degrau mais alto da escada, o design está incorporado na formulação da estratégia comercial da empresa. E, portanto, participa ativamente no fomento à inovação e no desenvolvimento de serviços e produtos.
A relação dos empresários com a visão nesta escada é que define e estabelece a relação com o design, uma vez o profissional posicionado em um degrau e o empresário em outro indica um desgaste por falta de alinhamento, uma vez a situação instalada a relação não se recupera por responsabilidade direta e indiretamente relacionadas a própria categoria design, a contribuição diante deste cenário são:
- O despreparo, ou a visão não holística dos profissionais recém-formados;
- Mercado que absorve e tem necessidade do profissional, mas limita sua atuação;
- Visão comercial muito influente sobre a linha de conceitos (básica no meio design);
- Domínio do espaço do design por profissionais de marketing e propaganda, já estabelecidos e bem posicionados;
- Aventureiros na área do design sem qualificação profissional que prejudicam a imagem da profissão;
- Termo "design" que não se define para a própria categoria e contribui confundindo o consumidor potencial para o design;
- Visão distorcida do empresariado com relação a categoria, sem considerações no posicionamento como estratégico.
As grandes "batalhas" têm acontecido cada vez mais nos pontos de vendas, onde a contribuição do design define os "vencedores". Existem inúmeros cases em todos os seguimentos do mercado onde o redesenho das embalagens alavancam vendas e reposicionam produtos, ampliando o destaque no PDV (ponto de venda); o estudo de uma marca e seu interesse (seus objetivos) definem a imagem que será apresentada, fora do PDV, mas não de menor importância a internet hoje é uma ferramenta que contribui com índices altos principalmente dentro do segmento informática, o design fortalece a relação usuário/máquina e facilita o uso, como conseqüência os empresários atingem seus objetivos e o consumidor decide seu interesse, neste processo o design é o eixo da relação.
Estes pontos entre os demais apresentados nesta monografia apontam um mercado promissor, mas carente de comunicação. A gestão do design, como função, começa a aparecer mesmo que ainda de forma tímida, sendo uma perspectiva de futuro aos profissionais da área.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Editora Unesp lança mais e-books gratuitos

A Editora Unesp coloca à disposição a partir de amanhã, dia 09 de maio, 44 títulos inéditos para download gratuito no site culturaacademica.com.br. Esses e outros e-books que já estão publicados no site fazem parte da Coleção Propg Digital, que começou em 2010. Agora, o projeto conta com 134 obras on-line em várias áreas do conhecimento. Para buscar os títulos, basta clicar em "Catálogo" e, para baixá-los, é necessário apenas fazer um rápido cadastro.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Palestra sobre Midias Sociais

Em continuidade ao Ciclo de Palestras, o SINDIGRAF-SP promoverá, no dia 16 de maio, a palestra "Mídias Sociais: gerando negócios para sua empresa", em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). O encontro apresentará formas de geração de negócios viabilizadas pelo uso das mídias sociais. O conteúdo será ministrado por Pedro Waengertner, profissional de marketing digital e tecnologia. O encontro acontecerá na sede do SINDIGRAF-SP (Rua do Paraíso, 529 - Paraíso - São Paulo) das 15h às 17h. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pelo e-mail: atendimento@abigraf.org.br ou pelo telefone (11) 3232-4549.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Diablo III — Trailer dublado em português

Sei que não tem muito a ver com o blog, mas para aqueles que gostam de animação, a Blizzard é um bom exemplo de trabalhos bem feitos. De olho no mercado brasileiro, que vem crescendo, lançou recentemente, dublado em português, o trailer oficial de um dos jogos mais esperados dos últimos tempos - Diablo III.


terça-feira, 1 de maio de 2012

Pense diferente!

Pense diferente…

Resolvi escrever este post para tentar responder a uma questão, que, para parte da sociedade é complexa... ou simples de mais: Qual a função do publicitário, designer, planejador, produtor, comunicador, criativos, profissionais de marketing e afins? O que fazemos e como fazemos?

Já ouvi essa pergunta algumas vezes e na maior parte delas com as respostas: “Os caras que não sabiam o que fazer da vida”; “Não faz nada.. acorda tarde.. e nem se quer se troca pra sair de casa... ainda ganha bem...”; “São desequilibrados...”; “É tudo igual.. só quer fazer tipo e vagabundar”; “hum... vocês são daqueles que interrompem minha novela na Globo enchendo de baboseiras..?”; “É tudo acéfalo”; “Hum.. são aqueles que lavam dinheiro para empresas e governos..”; “São os rebeldes”; “Olha.. nem me fale nessa raça”; “São todos Loucos”... Bom a verdade é que já ouvi muita coisa negativa, muita falta de entendimento, mas também muitas coisas positivas.

Uma verdade, nós pensamos. Alguns dizem: “pensamos fora da caixa” outros dizem apenas “pensamos”. Mas pensamos diferente, por que pensando diferente, podemos fazer a diferença para as empresas, marcas, produtos, serviços, governos, personalidades e sociedade.
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Abaixo, uma campanha da Apple, Think Different, que tem a ver um pouco com o nosso mundo, o que fazemos e como fazemos.



“Think Different
Here’s to the crazy ones.
The misfits.
The rebels.
The troublemakers.
The round pegs in the square holes.

The ones who see things differently. They’re not fond of rules. And they have no respect for the status quo. You can praise them, disagree with them, quote them, disbelieve them, glorify or vilify them.
About the only thing you can’t do is ignore them. Because they change things. They invent. They imagine. They heal. They explore. They create. They inspire. They push the human race forward.
Maybe they have to be crazy.
How else can you stare at an empty canvas and see a work of art? Or sit in silence and hear a song that’s never been written? Or gaze at a red planet and see a laboratory on wheels?
While some see them as the crazy ones, we see genius. Because the people who are crazy enough to think they can change the world, are the ones who do.”

“Pensar Diferente...
Brindemos aos loucos.
Aos desajeitados.
Aos rebeldes.
Aos pinos redondos nos buracos quadrados.
Áqueles que enxergam as coisas de forma diferente.
Eles não gostam de regras.
E não tem o mínimo respeito pelo estado atual.
Você pode elogiá-los, discordar deles, citá-los.
Desacreditá-los, glorificá-los ou vilipendiá-los.
A única coisa que você não pode fazer é ignorá-los.
Pois eles mudam as coisas.
Eles inventam. Eles imaginam. Eles curam.
Eles exploram. Eles criam. Eles inspiram.
Eles impulsionam a raça humana para frente.
Talvez eles tenham que ser loucos.
De que outra forma você poderia fitar uma tela em branco e ver uma obra de arte?
Ou sentar em silêncio e ouvir uma música que jamais foi composta?
Ou olhar fixamente para um planeta vermelho e enxergar um laboratório ambulante?
Enquanto alguns os consideram loucos
Nós vemos neles genialidade
Pois aqueles que são suficientemente loucos para pensar que podem mudar o mundo, são aqueles que verdadeiramente o mudam!”

Espero que este texto lhe ajude a compreender o nosso papel e como vemos o mundo.

Abraços

André Heller

Processo de planejamento e criação das ações de comunicação

Olá amigos.

O primeiro ponto para o entendimento do processo (na minha visão o mais importante), é observar que um processo de comunicação pode ter um início, mas nunca um fim. Ele deve fazer parte de um contexto maior, o de agregar valor construtivo e permanente a marca. Mesmo e uma ação rápida de ativação de um produto único para uma empresa, esta ação deve deixar um legado de valor a marca, ou para o início ou continuidade de novas ações.

Quando criamos valor, despertamos a paixão. Quando despertamos a paixão, geramos o relacionamento. Quando geramos o relacionamento, poderemos conquistar clientes fiéis.

O modelo abaixo, observa os passos necessários para o desenvolvimento de ações de comunicação, assim como questões a serem observadas.

Vejam o modelo.

Abraços
André Heller

terça-feira, 24 de abril de 2012

O professor na era digital - Fonte: ig.com.br


Para especialistas, o apresentador de informações vai desaparecer, mas o educador que vai além delas é cada vez mais necessário

Cinthia Rodrigues, iG São Paulo 
Imagine, em um mundo sem internet, o dia em que professores são avisados que dali para frente uma ferramenta de pesquisa permitirá aos seus alunos ler, assistir, ouvir e discutir sobre qualquer assunto. Qual seria a reação dos educadores? Para especialistas, há muito motivo para comemorar: a chance de obter êxito no aprendizado aumenta. Na vida real, a recepção não foi bem assim. A falta de adaptação do professor às novas tecnologias e ao aluno influenciado por elas são tema do segundo dia da série especial do iG sobre os problemas na formação do docente.
Como o professor deve lidar com a tecnologia?
Incluída ou não na aula, presente ou não na escola, a internet faz parte da rotina dos alunos. Em 2008, quando apenas 23% dos lares estavam conectados segundo o Ibope, o instituto já apontava que 60% dos estudantes tinham acesso à rede de algum modo. Em pesquisa realizada nas escolas estaduais do Rio de Janeiro em 2011, 92% disseram estar online ao menos uma vez ao dia.
“O professor pode escolher como tratar a internet, mas não pode ignorá-la”, diz o pesquisador emérito de Ciências da Educação da Universidade de Paris 8 e visitante na Universidade Federal do Sergipe, Bernard Charlot. Ele vê duas possibilidades para o educador: fazer o que a máquina não sabe ou ser substituído.
“Ninguém pode concorrer com o Google em termos de informação. O professor que ia à frente da sala apresentar um catálogo vai desaparecer em 20 anos e ser substituído por um monitor”, afirma sem titubear, emendando um alento: “Por outro lado, o professor que ensina a pesquisar, organizar, validar, resolver problemas, questionar e entender o sentido do mundo é cada vez mais necessário.”
O pesquisador defende que o aparente problema de falta de entrosamento com a tecnologia na verdade é a lente de aumento que a internet colocou sobre a falta de formação para a docência. “Não é que o professor não sabe ensinar a pesquisar na internet, é que ele não sabe ensinar a pesquisar. Muitas vezes é mais simples ainda: o professor não sabe como ensinar.”
Para ele, a culpa não é do profissional, mas do sistema engessado que além de não formá-lo não o deixa fazer diferente. “Não faz sentido começar um trabalho na internet e, depois de 50 minutos, dizer: a gente continua semana que vem. Assim como cada professor cuidar de uma disciplina, como se os assuntos não fossem relacionados, ou tratar de temas sem mostrar na prática para que servem na sociedade tornam a escola sem sentido.”
A doutora em linguística e especialista no impacto da tecnologia na aprendizagem Betina von Staa também culpa principalmente o sistema de ensino pela falta de aceitação da tecnologia. “Muitos professores não aceitam trabalhos digitados apenas para evitar cópias. A preocupação é maior com o controle de notas do que com as possibilidades de aprendizado”, lamenta.
Foto: O DiaPesquisa em escolas públicas do Rio mostrou que 92% acessam internet todos os dias, em casa, na escola e até no celular
Na opinião dela, o aluno precisa de orientação para procurar informações confiáveis e questionar dados encontrados na internet. “Todas as pesquisas apontam que a tecnologia traz benefícios, porém desde que venha com formação dos professores para dar apoio.”
O Colégio Ari de Sá, em Fortaleza, é um exemplo de excessão na introdução da tecnologia na sala de aula. Além de equipamentos - lousas digitais, computadores e até tablets para os alunos que preferirem o equipamento aos livros - a escola tem formação para os professores diariamente e no contexto das aulas. O coordenador de informática educativa, Alex Jacó França, passa em cada sala tirando dúvidas dos professores e dá dicas de como incluir ferramentas online em cada tópico.
"Muitos temas que passariam sem grande interesse aos alunos acabam ganhando vídeos e experimentos que os marcam. Quanto mais o professor conhece, maior a liberdade que dá ao aluno no formato de suas pesquisas e melhor o aprendizado", garante o especialista. Para ele, mesmo nos casos em que as escolas não têm equipamento, o conhecimento do professor para incentivar o uso de tecnologias e a abertura para deixar os alunos irem além dos livros faz a diferença.
Durante fórum sobre tecnologia e educação promovido pela Blackboard no último dia 12, em São Paulo, educadores estrangeiros sustentaram opinião parecida. A diretora de avaliação da Universidad Cooperativa de Colômbia, Maritza Randon Rangel, afirma que a democratização do acesso à rede dá oportunidade para que mesmo escolas rurais e afastadas tenham desempenho equivalente às que estão mais próximas de recursos culturais e financeiros. “Tivemos êxito com isso na Colômbia, mas além das máquinas é preciso uma equipe com objetivos claros.”
Muitos temas que passariam sem grande interesse aos alunos acabam ganhando vídeos e experimentos que os marcam. Quanto mais o professor conhece, maior  liberdade dá ao aluno e  melhor o aprendizado", 
Alex Jacó, coordenador de informática educativa
Já a pedagoga Patrícia Patrício, mestre em Formação de Professores pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e autora do livro “São Deuses os Professores?”, defende que os educadores de sucesso conseguem êxito com ou sem ajuda da escola. “Em geral profissionais que se destacam fazem isso, apesar da escola”, conta.
É o caso de professores premiados em todas as edições das Olímpiadas Brasileiras de Matemática, como Antonio Cardoso do Amaral, de Cocal dos Alves, no Piauí, e Maria Botelho, de Uberlândia, em Minas Gerais. Ambos não têm formação ou estrutura tecnológica acima da média da rede pública nas escolas, mas incentivam os alunos a usá-la em casa e valorizam dúvidas e exercícios trazidos dentro ou fora do contexto da aula. “Às vezes chego em casa e um aluno me deixou uma dúvida no Facebook, eu adoro, significa que eles estão indo além da aula”, diz Botelho.